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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Instituto do Semiárido pesquisa boi resistente ao aquecimento global

Instituto do Semiárido (Insa) tem em sua unidade experimental, no município de Campina Grande, na Paraíba, um pequeno rebanho com 102 bois de uma raça chamada Pé Duro. O nome não é apenas exótico e os animais não estão ali por acaso. Os bichos, que estão em estudo pelo Insa, se desenvolvem bem em terras de seca - inclusive em função da pata de casco duro, própria para o semiárido - e podem colaborar na formação de rebanhos mais adaptados ao mundo com aquecimento global.


De acordo com o zootecnista e pesquisador do Insa, Geovergue Medeiros, os genes de animais Pé Duro poderão ser usados em cruzamentos com outros tipos de raças para torná-las mais resistentes a um clima de maior calor, com o qual o mundo todo deverá conviver nos próximos anos em função do aquecimento do planeta. Os bois chegaram no semiárido brasileiro ainda na época da colonização européia e desde lá convivem com a seca, o que os tornou resistentes ao clima.

O Insa, no entanto, não trabalha na oferta dos genes para os cruzamentos. A preocupação do instituto é preservar a raça, que foi sendo misturada ou cruzada com outros tipos de bovinos e está em extinção. "A raça é resistente ao clima, tipo de solo, ao calor, ao tipo de vegetação. Come pouco e consegue sobreviver, até se reproduzir", afirma Medeiros.

O pesquisador afirma que o Pé Duro é mais propício para corte do que para leite e explica que a produtividade do animal não é grande. Se forem levadas em conta as condições climáticas onde vive, porém, o desempenho é bom. O Insa deve começar em breve, conta Medeiros, um estudo comparativo, mostrando as diferenças de desempenho dos bois Pé Duro e de outras raças, como zebuínos, nas terras de semiárido.

Medeiros estima que existam hoje no Brasil ao redor de oito mil animais Pé Duro. O Insa começou a desenvolver o rebanho e a observar os animais, em sua estação experimental, em 2006. Eles são originários, no entanto, do estado do Piauí.

Na unidade experimental onde é pesquisado o Pé Duro, além do trabalho com bovinos, são desenvolvidos outros estudos e experimentos, como, por exemplo, sobre plantas mais adaptadas ao semiárido e sobre as propriedades fitoterápicas de espécies de vegetação da região.

O instituto, que é ligado ao 
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), está construindo, também em Campina Grande, uma sede, onde, além de concentrar funções administrativas, terá espaço para pesquisadores. Estão sendo investidos, na construção dos prédios da sede, ao redor de R$ 5 milhões. Outros R$ 2 milhões deverão ser gastos na infra-estrutura do local. Também serão construídos laboratórios de pesquisa, na estação experimental, que demandarão cerca de R$ 10 milhões, de acordo com o diretor do Insa, Roberto Germano Costa.

O Insa tem em aberto atualmente ainda, juntamente com o 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um edital para seleção de projetos que desenvolvam tecnologias e inovação para a conservação, recuperação e utilização dos recursos naturais do semiárido.

As inscrições vão até 30 de setembro de 2010 e serão disponibilizados, no total, R$ 12,5 milhões. Cada projeto poderá ter, dependendo da linha de pesquisa, até R$ 50 mil ou até R$ 400 mil.

PARA SABER MAIS
Associação Brasileira de Criadores de Gado Pé-Duro

FONTE
Agência de Notícias Brasil-Árabe
Isaura Daniel - Jornalista

Links referenciados

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
www.cnpq.br


Associação Brasileira de Criadores de Gado Pé-Duro
www.abpd.com.br


Ministério da Ciência e Tecnologia
www.mct.gov.br


Agência de Notícias Brasil-Árabe
anba.achanoticias.com.br


Instituto do Semiárido
www.insa.gov.br


Isaura Daniel
isaura.daniel@anba.com.b

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